Terminal Pesqueiro de Ilhéus contará com programa de gestão do Sebrae

 

Com toda a estrutura física do moderno Terminal Pesqueiro de Ilhéus praticamente concluída, a nova etapa de implementação do seu modelo de funcionamento será feita pelo Sebrae Bahia, integrando-se à cooperativa formada por entidades do setor e representantes de pescadores de Ilhéus, Itacaré, Una e Canavieiras. O consultor do Sebrae, Massilon Araújo, está integrado ao projeto e será uma espécie de “bússola” da cooperativa, com a missão de analisar a gestão do empreendimento e apontar os caminhos mais eficientes para o crescimento do projeto. “O que estamos apresentando agora é o planejamento de um trabalho onde será fundamental o conhecimento, a gestão de negócios, o plano de negócios e compartilhamento de experiências. É preciso fazer o grupo entender que o pescador artesanal de hoje será o pescador industrial de amanhã”.

Tudo será feito através do “Programa Vida Melhor”, mantido em parceria com o Governo da Bahia, com um conjunto de estratégias que busca incluir socioprodutivamente, pelo trabalho decente, até 2015, pessoas em situação de pobreza e com potencial de trabalho na Bahia com vistas à sua emancipação. A construção do Terminal Pesqueiro de Ilhéus traz a oportunidade de dotar o sul da Bahia com uma proposta de mais um grande modelo de negócio, que pode ir muito além do que um simples estímulo ao setor pesqueiro e aquícola. Por enquanto, sem este terminal em funcionamento, brincam os pescadores: "O peixe é baiano, mas não tira carteira de identidade na Bahia, já que ele é descarregado no Espírito Santo, no Rio de Janeiro e em Santa Catarina”.

“O governo deu a vara. Agora é o Sebrae quem vai ensinar a pescar”, assegura o técnico do Sebrae em Ilhéus, Eduardo Andrade, que coordena as ações da instituição no projeto do Terminal Pesqueiro. A ideia, a partir do funcionamento do projeto, é atrair diversos setores da economia regional que estão no entorno do projeto e agregar valores. “Estas atrações vão desde a chegada de modernas estruturas de logística, fabricação de embalagens ao fornecimento de insumos para produção de sapatos e bolsas com a pele retirada do peixe”, revela Eduardo.

O presidente da Bahia Pesca, Isaac Albagli, estima que existam no estado mais de 1,8 mil embarcações de pesca motorizada. A Bahia é o terceiro maior produtor de pescados do Brasil, com cerca de 80 mil toneladas por ano, número que poderia ser bem mais significativo, não fosse a inexistência, até aqui, de uma eficiente infraestrutura portuária.